quinta-feira, 30 de junho de 2011

Repasses federais aos municípios para saúde e educação terão mais controle e transparência

Parabéns para a iniciativa do Governo Federal. Uma ação para transparência, além de induzir a gestão municipal trabalhar com mais eficiência na gestão dos recursos públicos.


Prefeituras terão de administrar verbas por meio de contas específicas e realizar movimentações apenas por meios eletrônicos rastreáveis

Decreto publicado no Diário Oficial da União na última terça-feira (28) vai dificultar o desvio dos recursos financeiros transferidos pelo governo federal aos estados, Distrito Federal e municípios, relativos a programas nas áreas de Saúde e Educação. Além de restringir os saques em dinheiro, o Decreto n.º 7.507 estabelece que os fornecedores e prestadores de serviços remunerados com os recursos transferidos sejam devidamente identificados. As novas regras entram em vigor daqui a 60 dias.

Os recursos repassados pelo governo federal serão agora depositados e mantidos em conta corrente específica, aberta para este fim pelos estados, DF ou municípios, em instituições financeiras oficiais federais. E a movimentação desses recursos deverá ser realizada exclusivamente por meio eletrônico, mediante crédito na conta corrente dos fornecedores e prestadores de serviços beneficiados.

O decreto veta o saque em espécie, os chamados “saques na boca do caixa” só serão permitidos excepcionalmente, mediante justificativa circunstanciada, para pagamento a pessoas físicas que não possuam conta bancária ou para atender a despesas de pequeno vulto. Nos dois casos, deverão ser adotados mecanismos que permitam a identificação do beneficiário final. Os saques em dinheiro para pagamento de despesas de pequeno vulto ficarão limitados a R$ 8 mil por ano, sendo que cada pagamento não poderá exceder a R$ 800.

Mais Transparência no SUS - Gestores municipais têm sido convocados a atualizar as informações do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), que ganhou regras mais rígidas sobre a contratação de profissionais.

Em abril, foi lançada ferramenta virtual de acompanhamento dos repasses feitos pelo Ministério da Saúde aos estados e municípios, à disposição de toda a sociedade no Portal Saúde: http://www.saude.gov.br/

Fonte: Secretaria de Comunicação da Presidência da República

segunda-feira, 27 de junho de 2011

LULA MOSTRA SUA FORÇA NA INDICAÇÃO DO EX MINISTRO JOSÉ GRAZIANO DA SILVA PARA DIRETOR DA FAO


Luis Inácio Lula da Silva e o Engenheiro Agrônomo José Graziano,  Diretor da Organização das Nações Unidas para Agricultura Familiar - FAO.  Um cargo importante no combate à miséria e a  fome, assumido pelo primeiro brasileiro na história da instituição. 

Graziano terá todo o apoio do governo brasileiro, diz presidenta

Brasília – A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (27) que o agrônomo brasileiro José Graziano, eleito diretor-geral da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), terá todo o apoio do governo durante sua gestão.

A eleição de Graziano foi anunciada ontem (26), durante a 37ª Conferência da FAO em Roma. Ele vai ocupar o cargo no período de janeiro de 2012 a julho de 2015. Desde 2006, atuava como representante do órgão na América Latina e no Caribe.

Em seu programa semanal Café com a Presidenta, Dilma avaliou a escolha do ex-ministro de Segurança Alimentar do governo Lula como um reconhecimento, por parte das Nações Unidas, da contribuição que o Brasil tem dado às ações de combate à fome.

“É muito importante porque agora começam as discussões em torno da necessidade de produção de alimentos para as gerações futuras. O governo brasileiro demonstrou, nas suas políticas, que é preciso que o alimento chegue a todos. Demos nossa contribuição”, disse.

Ao comentar a safra 2011/2012, a presidenta destacou que R$ 107 bilhões serão destinados ao setor para financiar a compra de sementes e de máquinas e a comercialização de produtos. “É o maior valor já destinado a um plano safra no país”, lembrou.

Entre as novidades, segundo ela, estão linhas de crédito destinadas a criadores de gado e voltadas para a recuperação de pastagens e a diminuição do desmatamento.

“A safra que está se encerrando já é recorde, com uma produção de quase 162 milhões de toneladas. Com esse plano, esperamos alcançar um novo recorde de produção no próximo ano”, concluiu.

Fonte: Agência Brasil

Programa Minha Casa, Minha Vida estará em voo de cruzeiro em 2012, diz presidente da Caixa

Kelly Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Brasília – O presidente da Caixa, Jorge Hereda, tem a missão de levar adiante um dos principais programas de governo, o Minha Casa, Minha Vida. A segunda fase do programa, lançada no dia 16 deste mês, prevê a construção de 2 mil moradias entre 2011 e 2014. Mas Hereda já conta com a ampliação dessa meta em 600 mil unidades, na expectativa de o programa avançar.

“ Quando a presidenta [Dilma Rousseff] lançou o programa, ela falou que, se daqui a um ano estiver tudo andando bem, pode haver essa ampliação. Temos certeza que daqui a um ano estaremos bem na contratação”, disse Hereda, em entrevista à Agência Brasil.

Segundo ele, não haverá limites no Orçamento para os projetos de construção de moradias. “Vamos contratar, neste segundo semestre, significativamente e vamos entrar 2012 em posição muito favorável para seguir em voo de cruzeiro.”

Nesta entrevista, Hereda afirma ainda que espera maior participação de outros bancos na oferta de crédito imobiliário do país. “Hoje temos de 70% a 75% do crédito imobiliário do país. Vamos continuar sendo os maiores agentes financeiros, ter o maior número de crédito, mas outros também vão crescer porque a demanda é muito grande”, destacou.

Natural de Salvador, Hereda assumiu a presidência da Caixa em março deste ano, após ser vice-presidente de Governo do banco.

Agência Brasil: Qual é a expectativa da Caixa para o andamento da segunda fase do Programa Minha Casa, Minha Vida?

Jorge Hereda: A gente tem dentro da Caixa 140 mil unidades remanescentes de projetos da primeira fase do programa. Estamos começando a entrar em contato com os proponentes desses projetos para verificar se mantêm o interesse, quais são os ajustes que precisam ser feitos para que isso se concretize. A portaria do Ministério [das Cidades, que vai permitir o início da operação da segunda fase do programa] está saindo na segunda-feira. Paralelamente a esses 140 mil, vai ser possível, assim que a portaria sair, receber projetos novos.

ABr: A Caixa tem alguma previsão de quantos novos projetos devem ser analisados após a portaria ser publicada?

Hereda: Esse número de 140 mil dentro de casa é significativo para se trabalhar. E já tem gente preparando projetos novos. Temos ainda na Caixa outro número de estudos que podem ser trabalhados na nova regra [da segunda fase do programa]. Não vamos ter limite de Orçamento no sentido de as pessoas fazerem o projeto e não conseguirem contratar. Vamos ter, como no primeira fase do Minha Casa, Minha Vida, um tempo em que os projetos [de construção das casas] maturem e uma concentração de contratações mais adiante. Enquanto isso, as 140 mil unidades vão ser trabalhadas, com condições de contratação até dezembro.

ABr: Quando teremos essa concentração de contratos de construção de casas?

Hereda: Parte dos projetos que estão dentro da Caixa já foram aprovados, passaram pelas prefeituras, foram feitas todas as análises e contam com as licenças necessárias. Outra parte ainda está evoluindo nesse sentido. É provável que projetos novos tenham contratação em novembro ou dezembro. Vamos contratar, neste segundo semestre, significativamente e vamos entrar 2012 em posição muito favorável para seguir em voo de cruzeiro.

ABr: Algumas construtoras têm reclamado da falta de terrenos em grandes cidades para o programa. O que pode ser feito para resolver esse problema?

Hereda: Quando o município ou estado tem uma proposta de política habitacional que combina com o Minha Casa, Minha Vida, a viabilidade aparece. Nesses locais, os valores [dos imóveis enquadrados no programa] foram ajustados significativamente, mas há limites para não alimentar a especulação. Não pode um programa do governo federal nessas cidades ser o único recurso para viabilizar habitação. Não tem como fazer uma política habitacional para a baixíssima renda com a concentração de subsídios que o governo federal está colocando, sem nenhuma contribuição de outros entes.

ABr: Como será a atuação da Caixa para evitar que as pessoas recebam casas com problemas de qualidade dos imóveis, como infiltrações e rachaduras?

Hereda: Teremos no Minha Casa, Minha Vida várias formas de obter a casa. Na primeira faixa de renda [até R$ 1,6 mil], a Caixa analisa desde o projeto, o empreendimento inteiro, contrata a empresa que apresentou o projeto e fiscaliza. Posso assegurar, que nesses casos, somos muito rigorosos e não temos problemas de qualidade. A outra forma de obter o programa é por meio do financiamento. O que apareceu na imprensa há um tempo foram alguns problemas com imóveis que foram financiados já prontos. As pessoas podem aparecer no balcão da Caixa e dizer que estão comprando um apartamento pronto. Neste caso, a Caixa não acompanhou a obra. Apareceram alguns problemas principalmente de pequenos construtores. Assim que verificamos esse problema, de imediato, alteramos as normas de contratação no balcão, aumentamos as exigências, estabelecemos a necessidade de apresentação de uma série de documentos relacionados com a qualidade do imóvel, a vistoria passou a ser mais rigorosa. Além disso, qualquer empresa que faça um imóvel para a Caixa e tenha problemas de qualidade vai para um cadastro restritivo do banco. A empresa não pode contratar mais com a Caixa até que esse problema seja resolvido e ela mostre que tenha capacidade. Os sócios da empresa, se montarem outra, não podem contratar com a Caixa. A gente está fazendo isso também para os empreendedores individuais.

ABr: O que mais foi feito para prevenir esse tipo de problema?

Hereda: Fizemos também uma cartilha para que o comprador verifique o que é preciso olhar no imóvel. No nosso relacionamento com o cliente, a gente já apresenta para ele o que precisa exigir ao comprar um imóvel. Assim que chegou a informação [de casas entregues sem a qualidade devida], a gente fez uma vistoria em lugares com mais contratação de imóveis individuais e verificamos que não são todas as casas que têm problema. Agora é impossível construir um milhão de casas e não ter nenhum tipo de vício construtivo.

ABr: Os saques em cadernetas de poupança superaram os depósitos por dois meses seguidos, segundo dados do Banco Central referentes ao sistema financeiro. A redução desses recursos usados pelos bancos para financiar a casa própria preocupa a Caixa?

Hereda: Na Caixa, isso não aconteceu [saques maiores do que depósitos]. Mas é claro que há uma preocupação. A Caixa seria irresponsável se não tivesse uma visão estratégica em relação à quantidade de recursos de que dispõe. O financiamentos com recursos da poupança, SBPE [Sistema Brasileiros de Poupança e Empréstimo], tem um crescimento médio de cerca de 50% por ano, é estrondoso, enquanto a poupança tem crescido em torno de 20%. É natural que os recursos de poupança não consigam sustentar um crescimento dessa ordem. Isso não quer dizer que os recursos vão acabar. A poupança sempre vai existir. Tem também os retornos [pagamentos] dos financiamentos. Todos bancos que fazem crédito imobiliário discutem alternativas de funding [fonte de recursos] para habitação. Acho que temos até 2013 para desovar as alternativas que vêm sendo discutidas. Isso vai acontecer a partir do início do ano que vem. Não existe a possibilidade de não se ter recursos. O que pode acontecer é um crescimento menor [do crédito habitacional] do que a gente vinha observando nos outros anos.

ABr: O dinheiro da poupança é uma fonte de recursos mais barata. Com a redução desses recursos, a tendência é aumentar os juros dos financiamentos imobiliários?

Hereda: Não vai faltar dinheiro, mas pode ser que, caso não se consiga um recurso que tenha uma remuneração mais em conta, os juros aumentem. Vai ser a poupança mixada com outro funding. Mas acho que a gente não vai ter esse problema nem este ano nem no outro. Tem esse prazo para a gente pensar.
ABr: Quais são as alternativas de fontes de recursos para a habitação?

Hereda: No Minha Casa, Minha Vida, que interessa para as faixas de renda que mais precisam de habitação, as fontes de recursos são do governo federal, em subsídios, e do FGTS [Fundo de Garantia do Tempo de Serviço]. O FGTS tem uma disponibilidade de recursos para financiamento nos padrões do Minha Casa, Minha Vida em até dez anos, tranquilamente, de R$ 25 bilhões, por ano. Portanto, para o Minha Casa, Minha Vida não se fala em falta de recursos. Se houver esse problema no SBPE, você está falando de uma faixa acima e também pode ser equacionado ao se verificar não só a questão da tabela de preços, mas também o tempo de financiamento. Não é uma coisa assim tão trágica como as pessoas falam. O mercado passa a buscar redução nos custos de administração da carteira. Além disso, existem outras variáveis. Nenhum país do mundo tem uma política habitacional só com duas fontes específicas que podem ser esgotadas. A maioria dos países financia com recursos da tesouraria [setor de captação e aplicação de recursos dos bancos]. A tendência também é que, em médio prazo, os juros caiam no Brasil. Se os juros caírem, chegando a uma situação em que você tenha o que a poupança hoje paga, a tesouraria dos bancos já passa ser viável para financiar.

ABr: O senhor acha que há condições de se ter redução na taxa básica de juros, a Selic?

Hereda: Em curto prazo, sem dúvida, não é o cenário. Mas, quando isso acontecer, não vai ser um problema ter funding específico para habitação. Agora não dá para ficar parado esperando que isso aconteça. O importante é que haja essas medidas [alternativas de captação de recursos pelos bancos] até o ano que vem e que se possa entrar 2013 com a tranquilidade de que se precisa. A carteira imobiliária da Caixa pode ser securitizada, e criados papéis que possam ser vendidos no mercado. No Brasil, não temos os problemas que os Estados Unidos tinham de originar crédito podre, com análise de risco irresponsável, empacotar tudo e sair vendendo. Aqui isso não existe. Os recursos no Brasil não devem ficar parados até serem retornados no prazo previsto.

ABr: Como a Caixa avalia a inadimplência em cenário de alta da inflação?

Hereda: Ouço muito que a inadimplência aumentou, mas não é uma realidade que a Caixa está vivendo no crédito imobiliário. A nossa inadimplência varia em uma única faixa há muito tempo. O crédito comercial tem um aumento maior, mas não há deterioração da carteira.

ABr: Como o senhor imagina a Caixa ao final dos quatro anos de governo?

Hereda - A Caixa vem crescendo nos últimos anos. No crédito imobiliário, saímos de R$ 5 bilhões em 2003 para cerca de R$ 78 bilhões [de nova contratações] no ano passado. Isso é um crescimento impressionante. Hoje temos de 70% a 75% do crédito imobiliário do país. Vamos continuar sendo os maiores agentes financeiros, ter o maior número de crédito, mas outros também vão crescer porque a demanda é muito grande. Mas a Caixa vai ter sempre habitação como seu carro-chefe. A cara da Caixa é habitação e o banco estará sempre estrategicamente posicionado nesse setor. Então, daqui a quatro anos vamos ter melhorias tecnológicas, maior velocidade na execução do crédito. Nosso desafio é ser também o primeiro banco de relacionamento das pessoas, não só o banco da poupança e do crédito imobiliário. Além disso, a Caixa vai continuar sendo o principal agente das políticas públicas do governo federal. Isso é uma vocação da Caixa. E, com certeza, vamos ter cumprido a meta de 2,6 milhões de unidades contratadas no Minha Casa, Minha Vida.

ABr: O senhor já está acrescentando as 600 mil unidades à meta?

Hereda: Quando a presidenta [Dilma Rousseff] lançou o programa, ela falou que, se daqui a um ano estiver tudo andando bem, tudo direitinho, pode haver essa ampliação. Temos certeza de que daqui a um ano estaremos bem na contratação e temos muita fé que ela faça isso. Sem dúvida, o Minha Casa, Minha Vida estará contratado. A primeira fase [do programa] foi muito mais difícil.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Pará teve 219 mortes no campo nos últimos dez anos, diz procurador

Da BBC Brasil em Brasília

O procurador do Tribunal Regional Federal da 1º Região, José Marques Teixeira, disse nesta quarta-feira que houve no Pará, nos últimos dez anos, 219 homicídios no campo, mas apenas quatro condenações por esses crimes.


Teixeira fez a declaração durante uma audiência pública sobre a violência no campo na Comissão de Direitos Humanos e Participação Legislativa do Senado. Segundo a Agência Brasil, ele afirmou na audiência que 37 dos homicídios nem sequer foram investigados.

"A forma de apurar (os homicídios) só milita no sentido de que a impunidade seja sacramentada, ainda que pessoas acusadas de crimes sejam processadas", afirmou Teixeira.

Para o presidente da Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo, Gercino da Silva Filho, as principais causas para os crimes no campo são a grilagem de terras públicas, a ocupação ilegal dessas áreas e extração ilegal de madeira.

domingo, 19 de junho de 2011

Vila Maú - Marapanim -Pa

A Vila Maú pertecente a Marapani-Pa é uma comunidade rica em folclóre, cultura, além de ser estratégica para o turismo ecológico,  porém precisa ser vista com mais atenção pelo poder público. Para melhorá-la, basta vontade!!!!  pois, a mesma já é encantada pela natureza.


Segue algumas fotos da Bela Vila Maú.






sexta-feira, 17 de junho de 2011

PT Marapanim presta homenagens ao Centenário da Assembléia de Deus

Foto: Daniel Berg, com sua família. Berg fundou as Assembleias de Deus no Brasil em 18 de junho de 1911, juntamente com Gunnar Vingren e 18 crentes batistas de Belém (PA) que creram na doutrina do batismo no Espírito Santo.

DANIEL BERG 
(1884–1963)

Missionário, evangelista, pastor e fundador das Assembleias de Deus no Brasil. Nasceu em 19 de abril de 1884, na pequena cidade de Vargön, na Suécia, às margens do lago de Vernern. Quando recém-nascido, o padre da cidade visitou inúmeras vezes a casa de seus pais para convencê-los a batizá-lo, mas nada conseguiu. Por isso, desde criança, Daniel era mal visto pelo padre, que, desprestigiado, passou a dizer que a criança que não fosse batizada por ele jamais sairia de Vargön. “Já naquele tempo pude observar a desvantagem e o perigo de o povo ter uma fé dirigida, sem liberdade. A religião que dominava minha cidadezinha e arredores impossibilitava as almas de terem um encontro com o Salvador”, conta o pioneiro em suas memórias. 

Quando o evangelho começou a entrar nos lares de Vargön, seus pais, Gustav Verner Högberg e Fredrika Högberg, o receberam e ingressaram na Igreja Batista. Logo procuraram educar o filho segundo os princípios cristãos. Em 1899, quando contava 15 anos de idade, Daniel converteu-se e foi batizado nas águas na Igreja Batista de Ranum. 

Em 1902, aos 18 anos, pouco antes do início da primavera nórdica, deixou seu país. Embarcou a 5 de março de 1902, no porto báltico de Gothemburgo, no navio M.S. Romeu, com destino aos Estados Unidos. “Como tantos outros haviam feito antes de mim”, frisava. O motivo foi a grande depressão financeira que dominara a Suécia naquele ano. 

Em 25 de março de 1902, Daniel desembarcou em Boston. No Novo Mundo, sonhava, como tantos outros de sua época, em realizar-se profissionalmente. Mas Deus tinha um plano diferente e especial para sua vida. 

De Boston, viajou para Providence, Rhode Island, para se encontrar com amigos suecos, que lhe conseguiram um emprego numa fazenda. Permaneceu nos Estados Unidos por sete anos, onde se especializou como fundidor. Com saudades do lar, retornou à cidade natal, onde o tempo parecia parado. Nada havia se modificado. Só Lewi Pethrus*, seu melhor amigo, companheiro de infância, não morava mais ali. “Vive em uma cidade próxima, onde prega o evangelho”, explicou sua mãe. 

Logo chegou a seu conhecimento que seu amigo recebera o batismo no Espírito Santo, coisa nova para sua família. A mãe do amigo insistiu para que Daniel o visitasse. Aceitou o convite. No caminho, estudou as passagens bíblicas onde se baseava a “nova doutrina”.  

Chegando à igreja do amigo Lewi Pethrus (Igreja Batista de Lidköping), encontrou-o pregando. Sentou e prestou atenção na mensagem. Após o culto, conversaram longamente sobre a nova doutrina. Daniel demonstrou ser favorável. Em seguida, despediu de seus pais e partiu, pois sua intenção não era permanecer na Suécia, mas retornar à América do Norte. 

Em 1909, em meio à viagem de retorno aos Estados Unidos, Daniel orou com insistência a Deus, pedindo o batismo no Espírito Santo. Como não estava preocupado como da primeira vez, posto que já conhecia os EUA, canalizou toda a sua atenção à busca da bênção. 

Ao aproximar-se das plagas norte-americanas, sua oração foi respondida. A partir de então, sua vida mudou. Daniel passou a pregar mais a Palavra de Deus e a contar seu testemunho a todos. 

Ainda em 1909, por ocasião de uma conferência em Chicago, Daniel encontrou-se com o pastor batista Gunnar Vingren, que também fora batizado no Espírito Santo. Os dois conversaram horas sobre as convicções que tinham. Uma delas é que tanto um como o outro acreditava que tinham uma chamada missionária. Quanto mais dialogavam, mais suas chamadas eram fortalecidas. 

Quando Vingren estava em South Bend, Daniel Berg estava trabalhando em uma quitanda em Chicago quando o Espírito Santo mandou que se mudasse para South Bend. Berg abandonou seu emprego e foi até lá, onde encontrou Vingren pastoreando a igreja Batista dali. “Irmão Gunnar, Jesus ordenou-me que eu viesse me encontrar com o irmão para juntos louvarmos o seu nome”, disse Berg. “Está bem!”, respondeu Vingren com singeleza. Passaram, então, a encontrar-se diariamente para estudarem as Escrituras e orarem juntos, esperando uma orientação de Deus. 

Após a revelação divina dada ao irmão Olof Uldin de que o lugar para onde deveriam ir era o Pará, no Brasil, Daniel Berg, contra a vontade dos seus patrões, abandonou o emprego. Eles argumentaram: “Aqui você pode pregar o Evangelho também, Daniel; não precisa sair de Chicago”. Mas ele estava convicto da chamada e não voltou atrás. 

Ao se despedir, Berg recebeu de seu patrão uma bolacha e uma banana. Essa era uma tradição antiga nos Estados Unidos. Simbolizava o desejo de que jamais faltasse alimento para a pessoa que recebesse a oferta. 

Esse gesto serviu de consolo para Berg, que em seguida partiu com Vingren para Nova Iorque, e de lá para o Brasil em um navio. 

No Pará, Daniel, com 26 anos de idade, logo se empregou como caldereiro e fundidor na Companhia Port of Pará, recebendo salário mensal de 12 mil réis, passou a custear as aulas de português ministradas a Vingren por um professor particular. No fim do dia, Vingren ensinava o que aprendera a Daniel. Justamente por isso, Berg nunca aprendeu bem a língua portuguesa. O dinheiro que sobrava era usado na compra de Bíblias nos Estados Unidos. 

Tão logo começou a se fazer entender na língua portuguesa, passou a evangelizar nas cidades e vilas ao longo da Estrada de Ferro Belém-Bragança, enquanto Vingren cuidava do trabalho recém-nascido na capital. Como o evangelho era praticamente desconhecido no interior do Pará, Berg se tornou o pioneiro da evangelização na região. É que as igrejas evangélicas existentes na época não tinham recursos suficientes para promover a evangelização no interior. 

Após a evangelização de Bragança, tornou-se também o pioneiro na evangelização da Ilha de Marajó, onde peregrinou por muitos anos, a bordo de pequenas e grandes canoas. Berg ia de ilha em ilha, levando a mensagem bíblica aos pequenos grupos evangélicos que iam se formando por onde passava. 

No início de 1920, Daniel visitou a Suécia, onde se enamorou com a jovem Sara, com quem se casou em 31 de julho daquele ano. Em março de 1921, retornou ao Brasil, acompanhado por sua esposa. O casal teve dois filhos: David e Débora. 

Em 1922, seguiu para Vitória (ES) para estabelecer a Assembleia de Deus naquela capital, permanecendo até 1924, quando foi para Santos fundar a AD no Estado de São Paulo. Em 1927, o casal Berg mudou-se para a capital São Paulo, onde Daniel continuou fazendo seu trabalho de evangelismo até 1930. 
Depois de um período de descanso, seguiu para a obra missionária em Portugal, entre os anos 1932-1936, na cidade de Porto. Após passar pela Suécia, retornou ao Brasil, em 11 de maio de 1949. Permaneceu na cidade de Santo André (SP) até 1962, quando retornou definitivamente para a Suécia. 

Daniel Berg sempre foi muito humilde e simples. Em suas pregações e diálogos, sempre demonstrou essas virtudes. Ninguém o via irritado ou desanimado. Sempre que surgia algum problema, estas eram suas palavras: “Jesus é bom. Glória a Jesus! Aleluia! Jesus é muito bom. Ele salva, batiza no Espírito Santo e cura os enfermos. Ele faz tudo por nós. Glória a Jesus! Aleluia!”.  

No Jubileu de Ouro das Assembleias de Deus no Brasil, comemorado em Belém, Berg estava lá, inalterado, enquanto os irmãos faziam referência a sua atuação no início da obra. Para ele, a glória era única e exclusivamente para Jesus. Berg considerava-se apenas um instrumento de Deus. 

Nas comemorações do Jubileu no Rio de Janeiro, no Maracanãzinho, quando pastor Paulo Leivas Macalão colocou em sua lapela uma medalha de ouro, Berg externou visivelmente em seu rosto a ideia de que não merecia tal honraria. 

Até 1960, Berg recebeu, diretamente de Deus, a cura de suas enfermidades mediante a oração da fé. Mas, a respeito de suas condições de vida nos seus anos finais, pode-se inferir que não tinha o amparo que merecia. A esse respeito, o pioneiro Adrião Nobre protestou na revista A Seara, edição de novembro-dezembro de 1957, p. 32: “O irmão Berg reside em São Paulo (cidade de Santo André). Não sei como ele vive ultimamente; tive, contudo, notícias desagradáveis com relação à sua condição de vida – não tem, segundo soube, o descanso que merece, nem o conforto que lhe devemos proporcionar. Irmãos, não sejamos injustos, lembremo-nos de auxiliar o tão amado pioneiro da obra pentecostal no Brasil”.


Em 1963, foi hospitalizado na Suécia. Mesmo assim, ainda trabalhava para o Senhor. Ele saía da enfermaria para distribuir folhetos e orar pelos que se decidiam. A disciplina interna do hospital não lhe permitia fazer esse trabalho, por isso uma enfermeira foi designada para impor-lhe a proibição. Porém, ao deparar-se com o homem de Deus alquebrado pelo peso dos anos, mas vigoroso em sua tarefa espiritual, não teve coragem e desistiu da tarefa. Berg, então, continuou a oferecer literaturas. 

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Servidores da saúde pública protestam em frente à Sespa


Do Dicurso para Prática!!!!

Em mais uma tentativa de negociação com a Sespa (Secretaria de Estado de Saúde), os servidores da saúde pública se reuniram em frente ao órgão, na manhã desta quarta-feira (15). O protesto conta com a participação dos funcionários do Hemopa, Hospital das Clínicas (HC), Santa Casa de Misericórdia e Hospital Abelardo Santos.

Os manifestantes fecharam a Avenida Conselheira Furtado, no perímetro entre Avenida Generalíssimo Deodoro e Travessa Quintino Bocaiúva. Logo depois, eles decidiram fechar apenas um das faixas, mas, caso o secretário não apareça, prometeram ocupar a sede da Sespa.

Programação - Assim que for decidido o futuro da categoria com o secretário, os servidores irão se reunir em uma assembleia geral, para que sejam transmitidas aos sindicalistas as propostas dadas pelo Governo.

Reivindicações - Os servidores da saúde revindicam aumento no valor dos plantões, aumento dos salários em geral, aumento do tiquete alimentação, entre outras reivindicações.


Fonte: Portal ORM

terça-feira, 14 de junho de 2011

Mais um trabalhador rural é assassinado no Norte do País

Testemunhas afirmaram que agricultor discutiu com representantes de madeireiros na região no início do ano


Menos de um mês depois de quatro ativistas ambientais serem mortos no Norte do País, o trabalhador rural Obede Loyla Souza, de 31 anos, casado e pai de três filhos, foi assassinado no Pará, no último dia 9. A Comissão Pastoral da Terra (CPT), ligada à Igreja Católica, informou que ele foi morto com um tiro no ouvido e que o corpo foi encontrado na cidade de Tucuruí – considerada uma das principais áreas de exploração ilegal de madeira da região, principalmente da castanheira.

De acordo com a CPT, não há informações sobre as razões que levaram à morte de Obede. Mas testemunhas contaram que, entre janeiro e fevereiro, o agricultor discutiu com representantes de madeireiros na região.

Informações obtidas pela comissão apontam que, no dia do assassinato de Obede, uma caminhonete de cor preta com quatro pessoas entrou no Acampamento Esperança - onde morava o agricultor. O presidente do Projeto de Assentamento Barrageira e tesoureiro da Casa Familiar Rural de Tucuruí, Francisco Evaristo, disse que viu a caminhonete e considerou o fato estranho. Como Obede, ele também é ameaçado de morte.

No fim de maio, quatro ambientalistas foram assassinados – três no Pará e um em Rondônia. A lista de pessoas ameaçadas, segundo a CPT, contabiliza mil nomes. O documento já foi entregue às autoridades brasileiras e também estrangeiras.

A presidenta Dilma Rousseff convocou uma reunião de emergência, no último dia 3, para discutir o assunto em Brasília. Ela ouviu os governadores do Pará, Simão Jatene, do Amazonas, Aziz Elias, e de Rondônia, Confúcio Moura. Também estavam presentes na reunião seis ministros – Nelson Jobim (Defesa), José Eduardo Dutra (Justiça), Maria do Rosário (Secretaria de Defesa dos Direitos Humanos), Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário).

Ao final da reunião, a presidenta determinou o envio de homens da Força Nacional de Segurança ao Pará. Os homens chegaram ao Estado no último dia 7 e devem permanecer no local por tempo indeterminado, segundo as autoridades brasileiras.

Fonte: Agência Brasil

sábado, 11 de junho de 2011

Esporte Clube Bom Intento : nova diretoria é eleita




O PT Marapanim através de seu editor parabeniza a eleição democrática do amigo Manuel Pinheiro, mais conhecido como Manduca, reeleito para presidir um dos Clubes mais tradicionais de Marapanim, fundado em 1922.


Desejamos sucesso para a nova administração.

quinta-feira, 9 de junho de 2011

PT MARAPANIM ABRE O DEBATE SOBRE A DIVISÃO DO ESTADO



Em entrevista ao Brasilianas.org, o diretor do Departamento de Geografia da UFPA, João Marcio Palheta, deu a seguinte resposta ao repórter Bruno de Pierro, quando perguntado se a criação de novos Estados resolveria o problema territorial do Pará:

Resolveria o problema dos conflitos políticos, daqueles que não se sentem tão bem beneficiados pela política paraense. Mas da população em si nem um pouco. A população tanto do Tapajós quanto do Carajás, aqueles que realmente precisam de educação, saúde e emprego, continuariam na situação em que estão. A disputa pela criação de novos Estados é política e tem um discurso de uma elite política econômica, que não é o mesmo da sociedade. Para se ter uma idéia, se você fizer essa pergunta, até mesmo para os políticos que pleiteiam os novos Estados, eles não saberão dizer.
O conceito de identidade territorial dessas populações, principalmente Carajás, não existe. Talvez Tapajós tenha um pouco, por conta da questão do rio, das tradições, mas mesmo assim essa identidade toda do Tapajós, que é muito mais antigo, essas mudanças econômicas que ocorreram nos últimos 30 anos – tanto em um, quanto no outro – alteraram pouco a configuração da política local. Distanciaram-se um pouco do regionalismo paraense, mas ao mesmo tempo não criaram seus próprios regionalismos. É um discurso muito frágil, que não resolve o problema da população, que precisa de saneamento, educação, hospitais.
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o ponto de vista técnico, como se implantaria uma mudanças dessas? Como deveria ser feita a demarcação territorial, levando em conta a geografia, os aspectos ambientais?

Essa formação é muito mais relacionada a arranjos políticos, que são muito mais consolidados do que aqueles velhos recortes regionais, em que o limite era um rio ou um acidente geográfico. E é um arranjo político condicionado mais pelo aspecto econômico, do que necessariamente pelas condições da sociedade. Se você olhar as hidrelétricas, os grandes projetos que estão dentro dessas regiões [de Tapajós e Carajás], como Belo Monte, que está na região de Tapajós, e Tucuruí, em Carajás, verá que o recorte é econômico, geoeconômico. E a disputa política é pelo uso dos recursos hídricos pelos royalties da água e, principalmente, da mineração.
Quando que de fato começou essa discussão da divisão do Estado do Pará?

A do Tapajós é muito mais antiga, mais de 100 anos. Carajás é muito mais recente, no sentido dessa questão homogênea, que pega mais de 30 municípios. A discussão do Tapajós é uma questão histórica, dos levantes contra o poder em Belém, a questão das elites e do abandono; nesse sentido, o povo de lá tem muito mais identidade, essa migração não foi tão intensa, os grandes projetos não foram tão intensos no processo histórico. Carajás é muito mais recente, pela miscigenação que teve de projetos e pessoas migrando de outros Estados a partir de 1990, o que não é ruim. Mas isso ajudou na desconstrução da identidade [em Carajás], diferente de Tapajós, onde esse processo foi menos intenso, essa mobilidade populacional de fora. Santarém, por exemplo, foi alvo de gaúchos.
Qual o peso da questão indígena nisso?

A questão indígena, por incrível que pareça, nessa disputa territorial de desfragmentação e criação de novos Estados, foram passadas por cima pelos interesses de outros. É a briga política de quem vai administrar os recursos dessa nova dinâmica que construiu as novas territorialidades.
E é a dinâmica dos novos projetos que vieram e trouxeram consigo um conjunto de populações de outros Estados. Esses projetos que atraíram essas populações criaram novas territorialidades. No passado, tínhamos colonos, hoje temos Movimento dos Sem-Terra (MST), Sindicato dos Metalúrgicos, profissionais liberais, como médicos, advogados. Essa dinâmica forjou uma pseudo-identidade em Carajás, e reforçou um pouco a identidade de Tapajós. Hoje, a soja está entrando em Santarém, o que leva a uma briga dos grandes proprietários com os pequenos.

Dois grandes temas relacionam-se diretamente com o Pará, que é a construção da usina em Belo Monte e o novo Código Florestal. Os dois tocam em questões de território e impactos sociais: Belo Monte, envolvendo discussões sobre os impactos que a obra pode causar nas comunidades indígenas e ribeirinhas; e o Código Florestal, cuja proposta em trâmite no Senado tenta diminuir as áreas de preservação permanente, o que ajudaria o pequeno agricultor. A criação de novos Estados ajudaria ou atrapalharia os pequenos agricultores e a agricultura familiar? Como ficaria a questão dos módulos de terras cultiváveis?

O Pará ficaria reduzido basicamente ao nordeste paraense e à questão da Ilha do Marajó. O problema é que temos no Pará a seguinte questão: nós temos um Estado grande, ou nós temos uma política pequena? Parece que a resposta está muito mais próxima da segunda opção. Mesmo o Pará não conseguiu dar conta de favorecer uma agricultura de, principalmente, uma população que veio em busca de terra. E nem os novos Estados darão, porque também reforçam o discurso do latifúndio, assim como reforçam o discurso das hidrelétricas. Belo Monte é importante para o Brasil, mas por que não se torna importante para os paraenses e as pessoas de Tapajós e Carajás?
Por exemplo, durante muito tempo a hidrelétrica de Tucuruí passou por cima de municípios. É necessário que você crie outra lógica de Estado, que pense nas suas populações tradicionais (indígenas, ribeirinhos e quilombolas), mas também contemple essa dinâmica que veio devido a esses grandes projetos. O Estado do Pará não tem uma política agrícola e agrária, que contemple essas diferenças, tanto o grande quanto o pequeno produtor. E não seria a fragmentação que daria isso.
Nós temos um Código Florestal (o “antigo”), que tinha certa regulação territorial. Já o novo código é permissivo demais, fará com que tenhamos muito mais desmatamentos. E o Estado do Pará desmata muito, mas não é o pequeno agricultor, mas sim o grande proprietário, que desmata para a pecuária, a soja. A anistia [àqueles que desmataram antes de 2008] é maléfica à estrutura da democracia brasileira. Não é possível você perdoar, porque não se colocou em risco apenas o ecossistema, mas também uma cultura de um povo que vive na região amazônica.
O plebiscito deve ocorrer nos próximos seis meses. A sociedade está preparada para decidir isso?
Plebiscito é uma consulta, isso não quer dizer que o Estado brasileiro vá aceitar essa consulta. Nós não temos um estudo de viabilidade econômica e social que colocou os diferentes atores e a representação dos atores sociais do Pará num debate sobre quê Estado nós queremos e se essa fragmentação traz benefícios à sociedade. Isso não existe. Se pegarmos o estudo de viabilidade econômica feito, é no mínimo risível.
Não se colocou, na mesma mesa, os grandes atores, ou seja, a Vale, os agricultores, os grandes proprietários, as organizações científicas da Amazônia.
E o que acontece é que há uma manipulação de muitos políticos que se aproveitam da situação de miséria do povo paraense, e utiliza esse discurso como se, para essas pessoas que vivem na miséria, houvesse uma mudança na qualidade de vida. O discurso não é da sociedade, mas de políticos oportunistas, que hoje fatiaram o Estado do Pará em três partes.

Mas as três partes teriam alguma autonomia com relação aos demais Estados?

Belém já conseguiu certa autonomia, com o porto de Vila do Conde e a dinâmica do Marajó. Teremos o nordeste paraense com outra dinâmica, e que entra a questão de olhar a costa que fica em Salinas (o município de Salinópolis) e a questão do Pré-Sal com a exploração da Petrobras. O Pará sobrevive, apesar da diminuição dos recursos.
Mas o discurso não deve ser pautado somente por questionamento sobre se serão viáveis economicamente. O discurso tem que ser: o que, de fato, as sociedades que existem nesses territórios terão com relação a ganhos na qualidade de vida? Se o Estado do Pará é centralizado em Belém, e se tem as regiões de Tapajós e Carajás atrasadas, é responsabilidade dos políticos que hoje fazem o discurso da fragmentação. Eles é que são responsáveis pelas gestões municipais.
Temos minas, mas só recentemente tivemos [a criação de] cursos de engenharia de minas. Temos uma costa significativa, mas não temos cursos de engenharia naval; temos uma floresta exuberante, e só a Universidade Federal do Amazonas tem curso de engenharia florestal (a Universidade Federal do Pará não tem). Precisamos definir o que queremos e o que falta, para que a população local tenha ganhos. Além disso, precisamos discutir a agricultura familiar, a reforma agrária, a corrupção. Isso os políticos não discutem; querem, sim, discutir o “sim e o “não”, se fragmenta ou não. Só assim, a sociedade se sentirá legitimada a dizer se quer, ou não, um novo Estado.

 

terça-feira, 7 de junho de 2011

PRESIDENTA DILMA ROUSSEFF FALA SOBRE ERRADICAÇÃO DA POBREZA

VAMOS LUTAR PARA INSERIR MARAPANIM EM TODOS ESSES PROGRAMAS, CONHEÇA AS PROPOSTAS.


"Nós vamos enfrentar a extrema pobreza com muita determinação"

 

Programa de rádio “Café com a Presidenta”, com a Presidenta da República, Dilma Rousseff
           Rádio Nacional, 06 de junho de 2011


Luciano Seixas: Olá, eu sou Luciano Seixas e a partir de agora você acompanha o “Café com a Presidenta”, o nosso encontro semanal com a presidenta Dilma Rousseff. Bom dia, Presidenta.

Presidenta: Bom dia, Luciano. Bom dia a todos os nossos ouvintes.

Luciano Seixas: Presidenta, a senhora está lançando um dos programas mais importantes do seu governo: o Plano Brasil sem Miséria, que pretende tirar mais de 16 milhões de pessoas da extrema pobreza. Como é que o governo vai enfrentar esse desafio?

Presidenta: Olha, Luciano, nós vamos enfrentar a extrema pobreza com muita determinação, porque o Brasil só será um país verdadeiramente rico quando todos os brasileiros tiverem uma boa qualidade de vida e renda para sustentar a si e a sua família. Precisamos incorporar esses 16 milhões de brasileiros. Nos últimos anos, no governo Lula, do qual fiz parte, tivemos um enorme avanço ao tirar 28 milhões da pobreza extrema e elevar 36 milhões às classes médias. Mas, Luciano, precisamos ir além e avançar mais.

Luciano Seixas: E como chegar aos mais pobres, Presidenta?

Presidenta: Sabe, Luciano, nós vamos fazer o que chamamos de busca ativa, que é o seguinte: em vez de as pessoas correrem atrás do Estado para serem atendidas, dessa vez não, Luciano, o Estado vai correr até elas. Nós, por exemplo, temos informações recentes do Censo do IBGE, de famílias que precisam do Bolsa Família, mas que ainda não recebem o que têm direito. A partir de agora, equipes de profissionais vão localizar, cadastrar e incluir nos programas do Bolsa Família, por exemplo, essas famílias que estão em situação de pobreza extrema, para que elas possam ter uma renda. Nosso cálculo é que nessa busca ativa vamos encontrar e incluir no Bolsa Família, mais ou menos, 800 mil famílias até o ano de 2014.

Luciano Seixas: Elas vão entrar num Bolsa Família reformulado. Quais são as mudanças?

Presidenta: Ah, Luciano, são muitas. Nós sabemos que a maioria das pessoas que vive na extrema pobreza, 40% delas são meninas e meninos de até 14 anos. Por isso, vamos ampliar o Bolsa Família. Antes, cada família recebia por até três filhos de zero a 15 anos. Agora estamos passando esse limite de três para cinco filhos, na faixa de zero a 15 anos – o que deve atender mais 1,3 milhão de crianças. Mas não é só isso, não, Luciano. Pobreza também tem a ver com falta de oportunidade de trabalho. Por isso, o Plano Brasil sem Miséria é amplo.

Luciano Seixas: Pois é, o Brasil sem Miséria enfrenta a pobreza extrema por três frentes: garantia de renda, acesso aos serviços públicos e inclusão produtiva. O que é inclusão produtiva, Presidenta?

Presidenta: Inclusão produtiva é direito de ter um trabalho ou de ser um pequeno empreendedor ou, ainda, de ser um produtor rural, um agricultor familiar. E a nossa ideia é dar condições para que as famílias muito pobres possam conquistar um trabalho ou até virar um microempreendedor. Quando nós falamos de inclusão produtiva, estamos falando de oportunidade de emprego e de qualificação profissional, de melhorar a vida das pessoas na cidade e no campo.

Luciano Seixas: O governo vai dar tratamento diferenciado ao agricultor ou trabalhador rural e ao trabalhador das cidades?

Presidenta: Ah, isso é claro, Luciano! O trabalhador ou o agricultor do campo tem necessidades diferentes do trabalhador da cidade. Só vamos resolver os problemas da extrema pobreza se olharmos para essas realidades diferentes e buscarmos soluções diferentes. No campo, vamos oferecer assistência técnica aos agricultores familiares, aos ribeirinhos, aos extrativistas, além de recursos para que eles possam melhorar a sua produção. Também vamos viabilizar acesso à água, luz elétrica e sementes, além de ações para ajudá-los a vender o que produzirem, o que é muito importante, porque isso gera renda e recursos para as famílias no campo.

Luciano Seixas: E na cidade? A gente sabe que emprego tem, mas falta mão de obra qualificada.

Presidenta: É verdade, Luciano. Nos últimos anos, a economia cresceu e a oferta de emprego aumentou muito. Nós queremos que os muito pobres também possam ter acesso a essas novas oportunidades. Mas, para isso, eles precisam se capacitar, aprender uma profissão. Vamos levar qualificação profissional a 1,7 milhão de pessoas e vamos dar a elas a oportunidade de um emprego. Depois de capacitadas, nós vamos ajudá-las a conseguir uma vaga no mercado de trabalho ou incentivá-las a abrir o seu próprio negócio, como empreendedores individuais ou cooperativas.

Luciano Seixas: Presidenta, chegamos ao fim do nosso programa e ainda temos muitas perguntas a fazer sobre o Brasil sem Miséria. Podemos continuar falando disso na próxima semana?

Presidenta: Podemos e devemos, Luciano. Eu gosto muito de repetir: nos últimos anos o Brasil cresceu porque milhões saíram da pobreza extrema. Já imaginou, Luciano, o que vai acontecer com o Brasil, quando acabarmos com a pobreza extrema?

Luciano Seixas: Vai ser muito bom, hein, Presidenta! Então fica marcado: na semana que vem voltamos com outras informações sobre o Plano Brasil sem Miséria. Até lá!

MATÉRIA POSTADA NO RECOMENDÁVEL BLOG PROPOSTA DEMOCRÁTICA 13

domingo, 5 de junho de 2011

PT CRESCE NO ESTADO DO PARÁ

Vitória petista em Bujaru e Brasil Novo   

O Partido dos Trabalhadores de Marapanim, parabeniza os valorosos companheiros Alexandre Lunelli (PT), novo prefeito de Brasil novo.

E Lúcio (PT), novo prefeito de Bujaru.


Parabéns o povo de Brasil Novo e de Bujaru.

sexta-feira, 3 de junho de 2011

Combate a Pobreza



A Presidenta Dilma Rousseff lançou nesta quinta-feira (2), em Brasília, o Plano Brasil Sem Miséria, que agrega transferência de renda, acesso a serviços públicos, nas áreas de educação, saúde, assistência social, saneamento e energia elétrica, e inclusão produtiva.

Com um conjunto de ações que envolvem a criação de novos programas e a ampliação de iniciativas já existentes, em parceria com estados, municípios, empresas públicas e privadas e organizações da sociedade civil, o governo federal quer incluir a população mais pobre nas oportunidades geradas pelo forte crescimento econômico brasileiro.

O objetivo é elevar a renda e as condições de bem-estar da população. O Brasil Sem Miséria vai localizar as famílias extremamente pobres e incluí-las de forma integrada nos mais diversos programas de acordo com as suas necessidades. Para isso, o governo seguirá os mapas de extrema pobreza produzidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “O Brasil Sem Miséria levará o Estado às pessoas mais vulneráveis onde estiverem. A partir de agora, não é a população mais pobre que terá que correr atrás do Estado, mas o contrário”, afirma ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello.

Busca ativa

Na estratégia da busca ativa, as equipes de profissionais farão uma procura minuciosa na sua área de atuação com o objetivo de localizar, cadastrar e incluir nos programas as famílias em situação de pobreza extrema. Também vão identificar os serviços existentes e a necessidade de criar novas ações para que essa população possa acessar os seus direitos.

Mutirões, campanhas, palestras, atividades socioeducativas, visitas domiciliares e cruzamentos de bases cadastrais serão utilizados neste trabalho. A qualificação dos gestores públicos no atendimento à população extremamente pobre faz parte da estratégia.

O plano engloba ações nos âmbitos nacional e regional. Na zona rural, por exemplo, incentiva o aumento da produção por meio de assistência técnica, distribuição de sementes e apoio à comercialização. Na área urbana, o foco da inclusão produtiva é a qualificação de mão-de-obra e a identificação de emprego. Além disso, as pessoas que ainda não são beneficiárias do Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada (BPC) serão incluídas nestes programas de transferência de renda.

O plano vai priorizar a expansão e a qualificação dos serviços públicos em diversas áreas, assegurando, por exemplo, documentação, energia elétrica, alfabetização, medicamentos, tratamentos dentário e oftalmológico, creches e saneamento. Os Centros de Referência de Assistência Social (Cras) serão os pontos de atendimento dos programas englobados pelo Brasil Sem Miséria. As sete mil unidades existentes no País funcionam em todos os municípios e outros pontos serão criados.

Romper a linha da miséria

O plano, direcionado aos brasileiros que vivem em lares cuja renda familiar é de até R$ 70 por pessoa, cumpre um compromisso assumido pela presidenta Dilma Rousseff. Do público alvo do Brasil Sem Miséria, 59% estão no Nordeste, 40% têm até 14 anos e 47% vivem na área rural.

“Só foi possível reduzir a desigualdade e a pobreza no Brasil, nos últimos anos, por que o governo adotou ações que aliam crescimento econômico com inclusão social, como o aumento do emprego, a valorização do salário mínimo, a ampliação dos programas sociais e a expansão do crédito. Os resultados obtidos – 28 milhões de brasileiros saíram da pobreza e 36 milhões subiram para a classe média – comprovam que as medidas foram acertadas. Com o Brasil Sem Miséria, vamos juntar o mapa da extrema pobreza com o da geração de oportunidades e permitir que milhões de brasileiros rompam a linha da miséria”, destaca a ministra Tereza Campello.

Meta é qualificar 1,7 milhão de pessoas nas cidades

As iniciativas de inclusão produtiva urbana vão reunir estímulo ao empreendedorismo e à economia solidária, oferta de cursos de qualificação profissional e intermediação de mão-de-obra para atender às demandas nas áreas públicas e privadas, totalizando dois milhões de pessoas.

Em relação à qualificação, a proposta é atender 1,7 milhão de pessoas de 18 a 65 anos por meio de ações articuladas de governo: Sistema Público de Trabalho, Emprego e Renda; Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec); Programa Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem); obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida; Rede de Equipamentos de Alimentos e Nutrição.